sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Luto

 
 
Hoje completam-se 7 dias que meu cachorrinho Alvinho foi morar no céu. Sua partida ainda dói muito e eu jamais pude imaginar que ficar longe dele fosse me causar tamanho sofrimento.
Estou imensamente triste, inconsolável...  e esse fato tem me feito refletir muito a respeito da vida e sua efemeridade... Não estou em condições de postar nada aqui no blog e, assim que meu coração se acalmar mais, volto para esse refúgio. Agora prefiro ficar quietinha...
 
"Amar é ter um pássaro pousado no dedo. E quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar”
Rubem Alves
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Como ajudar alguém que está com câncer

Bem sei que nem sempre é fácil ajudar alguém que está doente, mas se existe uma coisa que incomoda muito quem está vivendo um momento difícil é ter que escutar determinadas coisas. E nessa hora, vale aquele velho e bom ditado: " Se não tem algo bom para dizer, melhor é se calar..."
Ok, tem gente que fala sem maldade, uns querem ajudar, outros são sem noção mesmo, mas tenho certeza de que uma palavra mal pronunciada gera aborrecimentos desnecessários... E mais do que isso^: em vez de ajudar, acaba atrapalhando. Não estou criticando ninguém, nem sendo grosseira. No entanto, que sirva de alerta para aqueles que, de fato, querem ser mensageiros de paz...

E agora, de uma vez por todas, acho que não merecemos mais ouvir:

1) "Aquela doença..."
2) "Isso não é de Deus..."
3) "Câncer é tristeza da alma..."
4) "Você deixou a doença entrar..."
5) "Você está pagando pelos erros dos seus antepassados..."
6) "Somente o amor à vida pode te libertar..."
7) "Efeitos colaterais são o de menos..."
8) "Aconteceu com meu vizinho: ele estava em estado terminal e se curou com ervas..."
9) "Essa doença é um carma..."
10) "Fulano perdeu a batalha contra o câncer."

Em contrapartida, adoramos escutar:

1) "Vai dar certo..." (Essa é um clássico em minha vida)
2) "Em que posso ajudar?"
3) "Liguei porque estava com saudade..."
4) "Lembramos de você hoje e queremos que volte logo para perto de nós..."
5) "Perder o cabelo é trágico. Por isso trouxe um lenço de presente..."
6) "Tudo passa..."
7) "Vamos viajar? Pago tudo pra você..." (Alô, amigos ricos! hahahaha)
8) "Câncer não é sinônimo de morte e infelicidade..."
9) "Independente de qualquer coisa, estamos do seu lado."
10) "Eu te amo!" (Top 10)

 

Desse modelo!

Bjo, bjo, bjo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Conselhos durante um terremoto

A ruína nos dá lições de vida
 
Desabam prédios no centro da cidade do México num estrondoso terremoto. Racham pias, os espelhos se partem, água escura irrompe das paredes e tudo começa a afundar. Na rua os carros balançam igual gelatina, começa uma chuva apocalíptica de vidros e depois tijolos, ferro e pó, até que a morte se esconda sob os escombros.
Mas a todo instante nos chegam notícias de que bebês sobreviveram seis dias sob os destroços, casais resistiram sob os entulhos e, outros, apesar de desabarem inteiramente com os edifícios, chegaram ao solo intatos.
Então é lícito pensar que, embora muitos pereçam, a ruína nos dá lições de vida. Pois desabam os casamentos, os negócios, a saúde e os regimes, mas não se sabe de onde nem por que milagre surgem forças, propiciando o resgate e nos livrando do total aniquilamento.
Todos já estivemos e estaremos em algum terremoto. Um terremoto é quando a paisagem nos trai. Um terremoto é quando se quebrou a solidariedade entre o seu ponto de vista e as coisas. Um terremoto não é só quando o caos demoniacamente toma conta do cosmos. Um terremoto, eu lhe digo o que é: é a hora da traição da natureza. Ou da traição também dos homens, se quiserem. Um terremoto, minha amiga, é quando como agora você está se separando. Você me diz de soslaio, como que saindo, querendo-e-não-querendo conversar, você vai me dizendo que seu casamento está desmoronando. Você está embaixo da pele, com a voz meio sepultada lançando um grito de socorro, e aqui com a equipe de salvamento lhe posso apenas lançar a frase: a ruína nos dá lições de vida.
Terremoto é a hora da traição do amigo, que invejoso concorre como inimigo e lança fel onde a amizade era mel, e envenena a rima de seus dias sendo Caim em vez de Abel.
 


Por isto, há que afixar conselhos sobre a hora do terremoto. Como nos abrigos antiatômicos, nas indústrias do perigo, há que adiantar as medidas a serem tomadas quando o terremoto vier. Daí o primeiro conselho em caso de tal tragédia: não entre em pânico acima do tolerável. Lembre que todo terremoto é passageiro. Porque este é o sortilégio dos terremotos: nenhum terremoto é permanente, embora muitos e tanta coisa nele pereçam para sempre. Mesmo os mais profundos e autênticos cataclismos não duram mais que pouquíssimos, embora diabólicos, minutos. Vai ser terrível, mas vai passar.
Outro conselho: embora rápido e fulminante, nada garante que ele não torne a se repetir. Há que estar atento também para o fato de que esse movimento de terra é interior e exterior. O que desabou por cima não é tudo. É sintoma apenas do que se moveu por baixo. Naqueles terremotos do México, depois do primeiro e do segundo, as agências noticiaram um outro, mas que foi apenas subterrâneo. Diziam: é a acomodação das camadas geológicas. Incômoda acomodação é essa. Mas um terremoto autêntico vem mesmo das profundas e a superfície só vai se acalmar quando as camadas geológicas lá dentro se ajeitarem de novo.
Sobretudo, depois do terremoto há que aprender com as ruínas. Por que os engenheiros que me perdoem, mas a ruína é fundamental. É a hora do retorno. E se vocês me permitissem discretamente citar Heidegger, com ele eu diria que a ruína só é negativa para aquele que não entende a necessidade da demolição. Pois a tarefa do homem é refazer-se a partir de suas ruínas. Temos mais é que catar os cacos do caos, catar os cacos da casa, catar os cacos do país. Depois da demolição das fraudes, desmontando a aparência do ontem, poderemos nos erguer na luminosidade do ser. Ruína, neste sentido, não é decadência. Ao contrário: é a hipótese do soerguimento.
As ruínas do presente nos ensinam que um terremoto é quando não há mais o centro das coisas. E no México foi o centro, o centro do centro ¾ a capital, que foi arrasada. Mas aprendendo com a ruína, ali já nos prometem o verde. Já tracejam planos de jardins onde crianças e flores povoarão o amanhã.

 

Amigo, amiga: terremotos ocorrem sempre e muitos aí perecem. Mas a função do sobrevivente é sobreviver reconstruindo.
A ruína, além da morte, nos dá lições de vida.
 
Afonso Romano de Sant'Anna

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Outubro Rosa

O movimento Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. Seu nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. Teve início nos EUA, onde vários estados tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama no mês de Outubro, mas posteriormente ganhou dimensões internacionais.
A ação de iluminar prédios públicos, monumentos, pontes e teatros foi uma prática para que o Outubro Rosa tivesse expansão cada vez maior.
Sua popularidade alcançou o mundo de forma bonita, elegante e feminina, motivando e unindo pessoas em torno de uma causa tão nobre. O grande objetivo do movimento é alertar para as estatísticas do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, fator crucial nos índices de cura e qualidade de vida.
 
 
 
Não tive câncer de mama, mas faço parte do "Amigas do Peito" no Facebook. Trata-se de um grupo fechado, mega legal, em que mulheres de várias idades relatam suas experiências, falam sobre suas dúvidas, medos, angústias e, é claro, das suas vitórias (inúmeras, por sinal). Lá, é sempre possível encontrar alguém para te dar bons conselhos, dicas, apoio, carinho e um ombro mais que amigo. Quem quiser participar? Segue o link:
Todas serão muito bem-vindas. Ah, e não precisa ter câncer de mama não... Se você tem outro tipo de tumor, se é amigo e/ou parente de quem tá doente ou simplesmente quer ajudar e ser ajudado, venha conosco.
 
 
Porque juntos somos mais fortes.
 
Bjo, bjo, bjo.