sábado, 22 de setembro de 2012

C'est fini, radio!

Ok, estou super em falta com vocês. Assumo o erro, mas estou aqui para começar a reparar estas faltas... hahaha! Andei muito sumida e, nesse intervalo de tempo, muitas coisas aconteceram. Contarei tudo, porém aos poucos.
Bom, dando continuidade à história, o post de hoje será todo trabalhado para contar o final da radioterapia. Como havia falado anteriormente, faria 25 sessões de radio na coluna. Dito e feito.  
Segui todas aquelas recomendações que a equipe médica te dá: evitar sol e consumo de alimentos ácidos, hidratar a pele, usar as loções indicadas, tomar os remedinhos salvadores no momento certo e por aí vai... No entanto, quando procuramos relatos de pessoas que já passaram por essa experiência, nem sempre encontramos depoimentos, digamos, encorajadores e, nessa hora, CUIDADO!  
Cada situação é uma situação. É clichê, mas não deixa de ser verdade. No meu caso, por exemplo, li depoimentos de pessoas que tiveram queimaduras de segundo grau na pele, disfagias violentas a ponto de ser necessário uso de sonda nasogástrica, fobia por causa da máscara, náuseas, vômitos, fraqueza e até interrupção do tratamento devido a efeitos colaterais.
Passei pelos primeiros dias de radioterapia tranquilamente. Sem sentir absolutamente nada. Um sonho, perto do que foi a quimioterapia... Depois da décima aplicação, momento divisor de águas, comecei a sentir um pouco de dor para engolir, às vezes náusea e, mais para o final, após a dor na garganta ter sido controlada, veio o cansaço. Uma fadiga sem explicação, que te tira a vontade de levantar da cama e fazer outras coisas legais. No entanto, isso foi mais para o final... final mesmo, tipo última semana e bastou a radio acabar para tudo acabar também. Maravilha!
Tirando esses "acidentes" de percusso, o resto foi bem tranquilo. Usei um hidratante excelente, de uma marca de produtos oncológicos chamada Pielsana, à base de vitaminas A e E, de 3 a 4 vezes por dia, religiosamente todos os dias, o que ajudou minha pele a nem ficar vermelha. Assim que as aplicações chegaram ao fim e os campos foram retirados, ninguém sabia onde tinha sido irradiado. Dei prioridade a alimentos bem saudáveis, evitei exposição solar, concentrei na radio. No mais, durante essa etapa, dá para fazer outras atividades: viajar no final de semana, passear, se divertir, dormir... porque a radioterapia te toma pouco tempo comparando com outros procedimentos. E, além disso, pelo menos para mim, foi mais tranquila que a quimio...
Fiz 5 semanas exatas de radioterapia, não perdi nenhuma sessão, não tive intercorrências graves, não precisei de tranfusões  nem de medicamentos para dores intensas ou outros problemas. Cada aplicação durava em torno de 40 minutos. Pode parecer muito tempo, mas, na verdade, acertar os campos demanda cuidados especiais, técnica apurada, bem-estar do paciente... então a radiação, em si, é rápida, durando em torno de 2 ou 3 minutos.
Assim, recebi alta, com sensação de dever cumprido, com direito à carta oficial de libertação e tudo, assinada a próprio punho por Chen, em papel timbrado do Albert Einstein. Enfim, era oficial... ahahaha! Dia 04 de Agosto... para entrar para a história!
E depois de todo esse terremoto em minha vida, tudo indicava que as coisas voltariam ao normal em breve... volta para Montes Claros, para a faculdade, para tudo que eu tinha deixado para trás...
 
 
Que assim seja!
 
Bjo, bjo, bjo.
 
 

2 comentários:

  1. Olá, te via sempre no Graacc, e você é uma vencedora, estou na luta ainda contra o linfoma, mas espero em breve, sair tambem! Sucesso pra você!

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    1. Oi, Vanderson! Tb me lembro mto de vc e da sua esposa. Tenho certeza de que tudo ficará bem com vc tb... isso é uma fase ruim, que logo passará.
      Paz e bem para vcs e obrigada pelo carinho!
      Bjos.

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